Sua biblioteca de casos e tutoriais

Os processos de aprendizagem requerem novos olhares sobre o monitoramento do desempenho.

Definitivamente, não seria coerente inovar no método de ensino, migrando para a abordagem de casos, e seguir com uma avaliação baseada em provas (que ainda pressupõem respostas certas x erradas).

Por essa razão, enfatizo que o uso do método de casos pede um sistema de avaliação que seja coerente.

A coerência se dá ao passo em que os estudantes possam praticar a análise e o debate de casos. É interessante que isso se dê em níveis indivuais e coletivos, ou seja, que o estudante possa analisar e formar opiniões. Depois, em um segundo passo, elaborar junto a um grupo, expondo ideias e opiniões. Com esses dois passos, pode-se alcançar o melhor que o estudo de casos pode ofertar na formação dos estudantes: capacidade analítica e capacidade de comunicação.

Na minha experiência em sala de aula, a avaliação do desempenho em turmas baseadas em casos foi o ponto mais exigiu esforço da minha parte (e exige até hoje). A cada semestre reviso, testo novas formas de avaliar e de manter a coerência ao longo do processo.  

A partir desta experiência, atualmente adoto um misto entre as seguintes atividades:

  • análises feitas individualmente: essas atividades são pequenos textos que os estudantes produzem em resposta a uma questão do caso que será debatido na aula seguinte. Isso eleva o grau de preparo individual para melhor aproveitamento quando se chega ao coletivo.

Sempre que houver a possibilidade, sugiro como uma excelente prática, a oferta da  possibilidade de o estudante revisar sua resposta após o debate. Desta forma, o participante é convidado a refletir novamente sobre o que pensava, agregando novos pontos de vista e elementos à resposta que havia escrito. Esse para mim é um dos pontos que mais revela o aprendizado como processo e a necessidade de reflexão contínua, e que não estamos em busca de respostas certas, mas sim de evidências que sustentem as análises.

  • atividades pontuadas em que os estudantes escolhem casos (em bases de casos gratuitas) para apresentar aos colegas. Essa atividade é valiosa porque proporciona o aprendizado de lidar com as fontes de casos e revela interesses daqueles estudantes. Eles apresentam os casos para a turma com uma pequena análise oral.
  • atividades de visita técnica a fim de escrever um caso coletivamente: essa foi uma das melhores atividades que já realizei com minhas turmas. Visitamos uma empresa, investigamos dados, conversamos com gestores e, como resultado, os estudantes escreveram um caso como produto final em formato de wiki. Quando concluíram a análise, uma gestora da empresa visitou a turma para debater as propostas. Um dos casos produzidos assim foi o Bxblue, que pode ser encontrado aqui.
  • por fim, como trabalho final, solicito a análise em grupo de um caso selecionado. Algumas vezes, eu pré-seleciono o caso e toda a turma se debruça sobre ele (o que permitedebates mais aprofundados e com maior presença de contraditórios, o que é muito interessante). Outra vezes, sugiro que os estudantes escolham um caso para analisar (o que permite uma maior abertura para o novo e atualização dos casos debatidos). Essa é uma possibilidade de avalição, inclusive, para turmas que não tem toda sua dinâmica baseada em casos, mas que podem se aproveitar deles para reunir aspectos conceituais e aplicação.

Espero que essas ideias ajudem você, professor, a agregar os casos de ensino nos seus processos de ensino-aprendizagem. E que esse movimento gere uma onda positiva de trocas com seus estudantes.

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